quarta-feira, julho 22, 2009

Construções Sustentável não custam tanto quanto pensamos

Enquanto as construções ecológicas residenciais caminham a passos lentos, os prédios comerciais disparam na frente quando se trata de sustentabilidade. Estas edificações costumam contar com elevadores que consomem até 40% menos energia elétrica, vidros isotérmicos para otimizar a iluminação natural sem elevar a temperatura no interior dos espaços e área verde compatível com o tamanho do empreendimento, entre outros recursos.
Existem cerca de 90 prédios ecológicos no Brasil, grande parte na cidade de São Paulo, segundo Nelson Kawakami, diretor-executivo do GBC Brasil (Green Building Council), órgão que concede os certificados verdes LEED. Destes, aproximadamente, 80% são comerciais. A justificativa da quantidade ser maior do que as construções residenciais se refere à economia com a manutenção. Como as construtoras de edificações comerciais, geralmente, são as responsáveis pela administração do empreendimento, elas priorizam na obra itens que reduzam o gasto mensal durante o uso. A taxa de condomínio cai até 30%. E por que essa lógica não é aplicada às moradias? “Porque é preciso mudar o comportamento dos consumidores, e isso leva tempo”, afirma Nelson. O preço dos imóveis também pode ser um ponto que assuste. Mas se engana quem pensa que são muito mais caros. “Custam, em média, 5% mais que os prédios comuns, porém o imóvel sofre grande valorização depois de pronto”, acrescenta Nelson. Não custa tanto ficar de bem com a natureza.
10 itens para prestar atenção
Menos de 20% dos empreendimentos que aguardam a certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), a mais importante para construções sustentáveis, é residencial. A falta de interesse dos compradores por itens que reduzam o impacto ao meio ambiente é a principal justificativa das construtoras. “No caso das edificações comerciais, esses itens já representam valor agregado, e várias empresas até exigem certificação”, diz Joaquim Rondon, gestor sócio-ambiental da construtora JHSF, responsável pelo Parque Cidade Jardim, na zona sul, cujas torres comerciais contarão com uma série de recursos para receber o selo verde
1 - Placas captadoras de energia solar para aquecimento de água e iluminação.
2 - Telhado ecológico. Coberto com vegetação, permite maior conforto térmico ao reduzir a necessidade de ar condicionado.
3 - Medidor individual de água, gás e energia.
4 - Aquecimento de água a gás.
5 - Reúso da água do chuveiro para irrigação do jardim e válvula com controle de água na descarga da bacia sanitária.
6 - Nas áreas comuns, sensores de presença que ativam a iluminação e lâmpadas econômicas (como as fluorescentes).
7 - Motores de alta performance para os elevadores.
8 - Lixeiras para coleta seletiva (metal, papel, plástico, material orgânico).
9 - Sistema de captação e aproveitamento da água da chuva.
10 - Área verde preservada no empreendimento.

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