Evolução humana e a lei do carma pela antroposofia
“Todo ser vivo provém de outro ser vivo.”
“Os grandes homens têm os defeitos de suas virtudes.”
“Nos antigos centros de sabedoria , emprestava-se a maior importância ao fato de os homens serem capazes de contar, porque isto os distinguia dos animais. Poder contar é a mais simples e trivial capacidade anímica.”
David Strauss deu início a uma ´nova crença` sobre o surgimento da vida: um dia, outrora, pequenas partículas sem vida, por virtude de forças inatas, aglomeraram-se de modo a produzir matéria viva; este evoluiu segundo leis necessárias e formou o ser vivo mais simples e imperfeito, o qual, seguindo leis igualmente necessárias, transformou-se em verme, em peixe, em serpente, em marsupial e , por fim, em macaco.
O Dr. Paul Topinard coordenou uma exposição – Antropologia – os resultados da moderna doutrina da origem humana:
Segundo Haeckel o desenvolvimento das formas animais superior nas diversas etapas da Terra: No início do período terrestre que os geólogos chamam de laurenciano, sucedeu que, sob condições ocorridas provavelmente apenas nessa época, do encontro casual de alguns elementos – carbono, oxigênio, hidrogênio e azoto – formaram-se as primeiras parcelas de albumina. Delas resultaram, por geração espontânea, as moneras – os mais ínfimos e imperfeitos seres vivos. A seguir, estas se dividiram e se multiplicaram, ordenaram-se em órgãos e , por fim, após sofrer uma série de transformações que Haeckel fixou em nove, deram vida a alguns vertebrados da espécie amphioxus lanceolatus (pequenos peixes lanceolados).
Deixando de lado o modo como se processaram as subseqüentes espécies animais passemos logo a parte final da exposição de Topinard: No vigésimo grau (de transformação) surge o antropóide (macaco semelhante ao homem), aproximadamente durante o período mesozóico; no vigésimo primeiro surge o homem-macaco, que ainda não possui a fala e um cérebro correspondente a esta. No vigésimo segundo, finalmente, aparece o homem assim como o conhecemos, ao menos em sua forma menos perfeita.
Neste ponto, após expor os ´fundamentos científicos da nova crença`, Topinard faz em poucas palavras uma importante confissão. Eis o que diz: A enumeração é aqui interrompida. Esqueceu-se Haeckel do vigésimo terceiro grau, onde fulgaram um Lamarck e um Newton.
Assim entende-se que se pela evolução uma espécie animal superior deriva da inferior, a espécie anímica superior também pode derivar da inferior. A alma evolui e já existiu sob outra forma, tal como as espécies animais.
Johannes Remke em seu livro explica a criação da alma: A idéia da Criação [...] parece-nos ser [...] a única capaz de favorecer alguma compreensão a respeito do mistério do surgimento das almas.
Julius Baumann (prof. De filosofia de Göttingen) na obra Neocristianismo e religião objetiva descreve a criação da alma: Assim como [...] na natureza inorgânica os elementos e forças físico-quiminos não perecem, mas apenas se combinam de modo diferente, o mesmo é de se admitir, segundo o método científico-objetivo, relativamente às forças orgânicas e orgânico-espirituais. A alma humana, como unidade formal, como um eu aprisionado, retorna num novo corpo humano, modo pelo qual consegue atravessar todos os graus da evolução da humanidade.
Lei do Carma, assim se expressa: tudo quanto me é possível fazer e faço em minha vida presente não acontece por si, isoladamente, como que por milagre, mas está, como efeito, relacionado com as existências anteriores de minha alma e, como causa, com as posteriores.
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