domingo, junho 28, 2009

Pranayama: Controle da Respiração

Por Marcelle Machado

Quando os yogins se tornam suficientemente conscientes do seu ambiente interior e já não se deixam distrair pelas tensões musculares e estímulos externos, começam a perceber cada vez mais a força vital em seus circuitos pelo corpo. O passo seguinte consiste em energizar o contínuo interior – o corpo e a mente na medida em que são percebidos pelo sujeito – através da prática do prânâyâma.
O prâna, como muitas vezes já se observou não é simplesmente a respiração. Antes, a respiração era só o seu aspecto externo, uma forma de manifestação pós prâna, o qual é a força vital que penetra e sustenta todas as formas de vida.

A técnica do prânâyâma (lit. “extensão do prâna”) é a maneira mais evidente pela qual os yogins procuram influenciar o campo bioenergético do corpo. Porém, até a prática da disciplina e do autocontrole moral as técnicas de recolhimento dos sentidos e concentração mental são formas de manipular a força prânica.

O prâna é o veículo da ascensão da atenção de dentro do corpo, da concentração dessa atenção no eixo do corpo até chegar ao cérebro. À medida que a respiração ou força vital sobe pelo corpo, a atenção também sobe e vai produzindo experiências cada vez mais sutis.

No estágio final desse processo, a energia prânica é conduzida para o centro psicoenergético (chakra) mais elevado, situado no topo da cabeça, o chakra coronário. Quando o prâna e a atenção se fixam nesse ponto, a qualidade da consciência pode mudar radicalmente, chegando ao estado de estase (samâdhi).

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