Por Marcelle Machado
Como vimos anteriormente, os Yamas e Nyamas regem a vida social e pessoal do yogin a fim de diminuir a produção de volições e ações nocivas que só fariam aumentar-lhe a carga kármica, isto é, todos os ativadores subliminares embutidos nas profundezas da psique, que controlam nossas ações quando em desequilíbrio. Para que essa transformação da consciência tenha êxito, os yogins têm de criar as condições ambientais corretas dentro e fora de si, assim Yama e Niyama podem ser vistos como os dois primeiros passos nessa direção.
A postura, âsana (lit. “assento”), leva esse esforço ao nível seguinte: o do corpo.

Para Patanjali, a postura consiste essencialmente na imobilidade do corpo.
Segundo o Yoga-Sûtra (2.46), a postura deve ser estável e confortável.
Flexionando e recolhendo os membros do corpo, os yogins mudam instantaneamente de estado de espírito: tornam-se interiormente tranqüilos, o que lhes facilita em muito o esforço de concentração da mente.
Com a prática, porém, qualquer um pode descobrir os efeitos das diversas âsanas sobre o humor, e é então que o verdadeiro trabalho interior pode começar. Isso porque, como nos diz Patanjali, a correta execução da postura torna os yogins insensíveis aos efeitos dos “pares de opostos” (dvandva), como o calor e o frio, a luz e a escuridão, o som e o silêncio.
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