segunda-feira, agosto 08, 2011

ORAÇÃO PELAS MENTES ANSIOSAS

Venerável Mestre Hsing Yün
Ó grande e compassivo Buda!
Por favor, por tua bondade amorosa, ouve meu
clamor!
Por favor, por tua compaixão, vê minha
angustiante condição!
Minha mente assemelha-se a um emaranhado
de fios, e a menos que ela se desembarace e
desvencilhe, não conseguirei libertação!
Minha mente assemelha-se a um barco à
deriva, e a menos que ela encontre um porto
seguro, afogar-me-ei num mar de sofrimentos.
Ó Buda! Rogo a ti:
por favor, afasta-me destas preocupantes
condições;
e guia-me pelo caminho da libertação.
Ó grande e compassivo Buda!
Quero revelar-te minhas transgressões;
quero arrepender-me de minhas faltas:
diante das circunstâncias, nada delineio;
na vida, ando sem rumo;
confusas são minhas ideias e troco os pés pelas
mãos;
como pessoa, sou ignorante e apegada;
na ação, não me adéquo às circunstâncias,
e assim, divago sem saber como agir;
meu coração está tomado por ganância, raiva,
desconfiança e inveja;
à minha mente faltam confiança e convicção no
Caminho;
no dia-a-dia, vivo a me queixar com ansiedade
e inquietude;
falta-me preparo para a autodisciplina;
sou incapaz de agir com determinação,
e assim, titubeio sem saber o que fazer.
Sei que todos os erros são por mim acarretados;
e que todo carma e preocupação são por mim
suscitados.
Faltam-me, no entanto, determinação para
emendar-me e motivação para arrepender-me;
e assim, equivoco-me ao contemporizar,
perdendo o bom senso e desperdiçando meu
precioso existir.
Ó Buda! rogo para que me assistas com teu
grandioso poder.
De hoje em diante, abandonarei minha
estreiteza de espírito;
de hoje em diante, eliminarei o vício da
impaciência;
de hoje em diante, desenvolverei o espírito da
cooperação;
de hoje em diante, levarei uma vida de
otimismo.
Ó grande e compassivo Buda!
Tantas são as pessoas que neste mundo,
vivem tão ansiosas e confusas e, por
conseguinte, perdem como eu, a noção de risco
lamentando-se pelos irremediáveis erros
cometidos.
Ó Buda! rogo por tua perene e imensa bênção
para que possamos:
subjugar Mara² que reside na profundeza de
nossas mentes;
eliminar nossos vícios de acomodação e
negligência;
reforçar nossa tolerância e paciência ao
professar os teus preceitos;
apreender teu meio hábil de aquietar corpo e
mente;
cultivar a concentração meditativa e prajña³;
aumentar nossa coragem para sermos diligentes
e não esmorecer.
desenvolver bondade amorosa, compaixão,
alegria e equanimidade;
eliminar os três venenos existentes em nós, por
incontáveis eras.
Ó grande e compassivo Buda,
peço, por favor:
recebe esta minha sincera oração!
recebe esta minha sincera oração!
______________________________
² Māra: O demônio para o budismo. Tecnicamente um deus (deva). Māra é o inimigo do Buda que constantemente tenta aviltar seus ensinamentos com o objetivo de impedir que os seres possam vir a atingir o nirvana, estado no qual eles estariam fora do alcance da sua malignidade.
³prajñā (sânscrito: “sabedoria”): a mais sublime forma de sabedoria; compreensão intuitiva do vazio de todos os fenômenos e da não-dualidade; o mais elevado dos seis paramitas (perfeições). A realização da sabedoria prajñā costuma ser equiparada à conquista da iluminação e é um dos objetivos essenciais da natureza búdica.

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