Segundo Dr. Edward Bach (1996), a razão principal para o fracasso da medicina moderna esta no fato de ela se ocupar dos efeitos e não das causas. Desse modo à doença nunca será curada nem erradicada pelos médicos materialistas dos tempos atuais, pelo simples fato de que, em suas origens, ela não é material. O que conhecemos como doença é o derradeiro efeito produzido no corpo, o tratamento material, mesmo quando bem-sucedido, não passa de um paliativo, a menos que a causa real tenha sido suprimida.
A tendência atual da ciência médica, com sua visão materialista, no corpo físico, tem aumentado sobremodo o poder da doença; em primeiro lugar, por desviar a atenção das pessoas da verdadeira origem da enfermidade e, em segundo, por localizá-la no corpo, criando um enorme complexo de doença e medo. Em essência a doença, é o resultado do conflito entre a Alma e a Mente, e ela jamais será erradicada exceto por meio de esforços mentais e espirituais. Tais esforços podem curar e prevenir doença, removendo os fatores básicos que são suas causas primeiras. Nenhum esforço que se destine apenas ao corpo pode fazer mais do que recuperar superficialmente um dano, e nisso não há nenhuma cura, visto que a causa ainda continua em atividade e pode, a qualquer momento, manifestar novamente sua presença, assumindo outro aspecto.
Uma das exceções para os métodos materialistas na ciência moderna é o Hahnemann, o fundador da homeopatia, que por estudar a atitude mental de seis pacientes diante da vida, do meio ambiente e suas doenças, foi buscar nas ervas do campo e nos domínios da natureza o remédio que não apenas haveria de curar seus corpos mas, ao mesmo tempo, elevaria a sua perspectiva mental.
Homens como Hipócrates, com seus ideais grandiosos sobre a cura; Paracelso, com a convicção de uma divindade dentro do homem, e Hahneman, que compreendeu que a doença tinha sua origem num plano acima do físico – todos eles sabiam muito sobre a verdadeira natureza do sofrimento e sobre o remédio para ele.
A doença, posto que pareça tão cruel, é benéfica e existe para nosso próprio bem; se interpretada da maneira correta, guiar-nos-á em direção aos nossos defeitos principais. Se tratada com propriedade, será a causa da supressão desses defeitos e fará de nós pessoas melhores e mais evoluídas do que éramos antes. O sofrimento é um corretivo para se salientar uma lição que de outro modo não haveríamos de aprender, e ele jamais poderá ser dispensado até que a lição seja totalmente assimilada.
Para entender a Natureza da doença Dr. Edward Bach escreveu os 5 postulados da natureza da doença.
1° - O homem possui uma Alma que é o seu real.
2° - Nós somos personalidades vindas aqui com a missão de obter todo o conhecimento e toda a experiência que podem ser adquiridos ao longo da existência terrena; de desenvolver virtudes de que carecemos, de extinguir tudo o que é defeituoso dentro de nós e, dessa forma, avançar em direção à perfeição de nossas naturezas.
3° - Devemos compreender que a curta passagem por esta terra, que conhecemos como vida, não é mais que um breve instante no curso da nossa evolução, assim como um dia na escola está para uma vida e, embora nossa intuição nos diz que o nascimento esteve infinitamente longe do nosso começo e a morte infinitamente longe do nosso fim. Nossas Almas, que são realmente nós mesmos, são imortais, e os corpos dos quais temos consciência são transitórios.
4° - Contanto que nossas Almas e personalidades estejam em harmonia, tudo é paz e alegria, felicidade e saúde. Mas o conflito aparece quando nossas personalidades são atraídas para fora da senda traçada pela Alma, por obra dos nossos desejos terrenos, ou pela persuasão dos outros. Esse conflito é a causa principal da doença e da infelicidade.
5° - Compreender a Unidade de todas as coisas; a compreensão de que o criador de tudo que existe é o Amor. É possível ter um vislumbre dessa concepção se imaginarmos nosso Criador com um grande e brilhante sol de bondade e amor, de cujo centro um infinito número de raios se lança em todas as direções, e que nos e todas as coisas das quais temos consciência somos partículas ao fim desses raios, emitidas para que possam adquirir experiência e conhecimento, mas para, no final, retornar ao grande centro. A separação é impossível, pois tão logo um raio de luz seja destacado de sua fonte, ele deixa de existir. Ainda que cada raio possa ter a sua individualidade, qualquer ação contra nós próprios ou contra uma outra pessoa afeta o conjunto porque, causando imperfeição numa parte, isso se reflete no todo, do qual toda partícula deve chegar finalmente a perfeição.
Assim vemos que podem ocorrer dois erros básicos: A dissociação entre nossas Almas e nossas personalidades e a crueldade ou a falta para com os outros. Qualquer dos dois gera conflito, que nos leva a doença. No que diz respeito ao primeiro, deve-se evitar julgar os outros, porque o que é certo para mim não é para o outro. A percepção de onde estamos cometendo um erro, e um esforço sincero para corrigi-lo levar-nos-ão a uma vida de alegria, paz e saúde (Dr. Bach, 1996).
Dr. Edward Bach (1996), conclui que por seus reais motivos e por sua verdadeira essência, a doença tanto é evitável como remediável.
A real natureza de uma enfermidade, escritos do Dr. Edward Bach (1996).
A real natureza de uma enfermidade será de um guia eficaz para que se identifique o tipo de ação que se está praticando contra a Divina Lei do Amor e da Unidade (Dr. Bach, 1996).
Se tivermos em nossa natureza amor suficiente por todas as coisas, não seremos causa de agravo a ninguém; pois esse amor sustará o gesto agressor, e impedirá nossa mente de se entregar a qualquer pensamento que possa magoar alguém. No entanto ainda não chegamos a semelhante estágio de perfeição; se já o tivesse alcançado, não haveria razão nenhuma para nossa existência na nesta terra.
As doenças reais e básicas do homem são certos defeitos como o orgulho, a crueldade, o ódio, o egoísmo, a ignorância, a instabilidade e a ambição. Tais defeitos é que constituem a verdadeira doença, e a continuidade desses defeitos, é o que ocasionam no corpo os efeitos prejudiciais que conhecemos como enfermidades.
Orgulho – incapacidade de se reconhecer a pequenez da personalidade humana e sua absoluta dependência da Alma; perda do senso de proporção, da noção de quanto se é insignificante diante do complexo arranjo da Criação. O orgulho se mostra invariavelmente relutante em se curvar com humildade e resignação.
Crueldade – um a incapacidade de se compreender que toda ação adversa para o outro está em oposição ao todo. Segundo a lei da Unidade, temos que amadurecer até entendermos que cada um deve se tornar mais próximo de nós e queridos por nós.
Ódio – é o contrário do Amor, o reverso da Lei da Criação.
Egoísmo – faz com que coloquemos nossos interesses pessoais antes do bem-estar da humanidade.
Ignorância – é o fracasso em aprender, a recusa em ver a Verdade quando se tem a oportunidade para tanto.
Instabilidade – a indecisão e a falta de determinação ocorrem quando a personalidade se recusa a ser governada pelo Eu Superior.
Ambição – conduz ao desejo de poder. É uma negação à liberdade e à individualidade de toda Alma.
Segundo Dr. Edward Bach (1996), qualquer tipo de doença que podemos vir a sofrer nos conduz a descoberta da falta que está por trás de tudo quanto nos aflige.
O orgulho, que é a arrogância e rigidez mental, despertará doenças que ocasionarão a rigidez e a ancilose do corpo.
A dor é o resultado da crueldade, e, por meio dela o paciente aprende, através do próprio sofrimento, a não infligi-lo aos outros, do ponto de vista físico ou mental.
As penalidades resultantes do ódio são o isolamento, o temperamento violento e incontrolável, as perturbações mentais e os estados de histeria.
As doenças decorrentes da introspecção – a neurose, a neurastenia e os estados semelhantes – que acabam tirando da vida tantas alegrias, são causadas pelo egoísmo em excesso.
A ignorância e a falta de sabedoria criam suas próprias dificuldades na vida cotidiana, a miopia e outras deficiências visuais e auditivas serão as conseqüências naturais.
A instabilidade da mente pode acarretar disfunções que afetam o movimento e a coordenação motora.
As conseqüências da ambição e da vontade de dominar os outros são aquelas doenças que levam a quem dela sofre a ser escravo do próprio corpo.
O coração é atacado quando o lado amoroso da natureza do indivíduo para com a humanidade não desenvolvido ou utilizado de modo errado.
A mão lesada denota falha ou erro na ação.
Assim, Dr. Edward Bach (1996) acredita, que não há nada de acidental no que diz respeito à doença, nem quanto ao seu tipo nem quanto à parte do corpo que foi afetada; como todos os outros resultados da energia, ela obedece à lei de causa e efeito. Certos males podem ser causados por meios físicos diretos, tais como os associados à ingestão de substâncias tóxicas, acidentes, ferimentos e excessos cometidos; mas, em geral, a doença se deve a algum erro básico em nosso temperamento, como nos exemplos já mencionados.
Referência: Bach, E. Os remédios Florais do Dr. Bach. Editora Pensamento: São Paulo, 1996.
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